domingo, 22 de julho de 2007

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Literatura
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la lectrice ("A leitora"), óleo de Jean-Honoré Fragonard, 1770–1772.Do Latim: litteratura

É a arte de compor escritos artísticos; o exercício da eloquência e da poesia; conjunto de produções literárias de um país ou de uma época; carreira das letras.

Brasil literatura de cordel - literatura de carácter popular; romanceiro popular do Nordeste brasileiro, vendido nas feiras e mercados em folhetos pendurados em cordel.

Mais produtivo do que tentar definir Literatura, talvez seja encontrar um caminho para decidir o que torna um texto, em sentido lato, literário. A definição de literatura está comumente associada à idéia de estética, ou melhor, da ocorrência de algum procedimento estético. Um texto será literário, portanto, quando consegue produzir um efeito estético, ou seja, quando proporciona uma sensação de prazer e emoção no receptor. A própria natureza do caráter estético, contudo, reconduz à dificuldade de elaborar alguma definição verdadeiramente estável para o texto literário. Para simplificar, podemos exemplificar através de uma comparação por oposição. Vamos opor o texto científico ao texto artístico: o texto científico emprega as palavras sem preocupação com a beleza, o efeito emocional, mas, pelo contrário, essa será a preocupação maior do artista. É óbvio que também o escritor busca instruir, procura perpassar ao leitor uma determinada idéia; só que, diferentemente do texto científico, o texto literário une essa necessidade de incluir a necessidade estética que toda obra de arte exige. O texto científico emprega as palavras no seu sentido dicionarizado, denotativamente, enquanto o texto artístico busca empregar as palavras com liberdade, preferindo o seu sentido conotativo, figurado. Então, concluindo, o texto literário é aquele que pretende emocionar e que, para isso, emprega a língua com liberdade e beleza, utilizando-se do sentido conotativo ou metafórico das palavras.

A compreensão do fenômeno literário tende a ser marcada por alguns sentidos, alguns marcados de forma mais enfática na história da cultura ocidental, outros diluídos entre os diversos usos que o termo assume nos circuitos de cada sistema literário particular.


Detalhe de alguns livros raros da biblioteca do Merton College, no Reino UnidoAssim, por exemplo, encontramos uma concepção "clássica", surgida durante o Iluminismo (que podemos chamar de "definição moderna clássica", que organiza e estabelece as bases de periodização usadas na estruturação do cânone ocidental); uma definição "romântica" (na qual a presença de uma intenção estética do próprio autor torna-se decisiva para essa caracterização); e, finalmente, uma "concepção crítica" (na qual as definições estáveis tornam-se passíveis de confronto, e a partir da qual se buscam modelos teóricos capazes de localizar o fenômeno literário e, apenas nesse movimento, "defini-lo"). Deixar a cargo do leitor individual a definição implica uma boa dose de subjetivismo (postura identificada com a matriz romântica do conceito de "Literatura"); a menos que se queira ir às raias do solipsismo, encontrar-se-á alguma necessidade para um diálogo quanto a esta questão. Isto pode, entretanto, levar ao extremo oposto, de considerar como literatura apenas aquilo que é entendido como tal por toda a sociedade ou por parte dela, tida como autorizada à definição. Esta posição não só sufocaria a renovação na arte literária, como também limitaria excessivamente o corpus já reconhecido.

De qualquer forma, destas três fontes (a "clássica", a "romântica" e a "crítica") surgem conceitos de literatura, cuja pluralidade não impede de prosseguir a classificações de gênero e exposição de autores e obras.





Referencia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura